Médicos de Cachoeirinha enfrentam falta de segurança e pressão por atestados
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Médicos de Cachoeirinha enfrentam falta de segurança e pressão por atestados

Conselheira do Simers visitou unidades de saúde do município nesta quinta-feira, 11, para conversar com médicos e coletar dados sobre casos de agressões contra trabalhadores

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11/12/2025 16:47

Foto divulgação Ascom/Simers

Em mais uma ação de prevenção à violência contra profissionais da saúde, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) voltou a Cachoeirinha, nesta quinta-feira, 11. Acompanhada das assessorias jurídica e de relações governamentais da entidade médica, a conselheira Denise Affonso percorreu postos de saúde da cidade para mapear os casos de agressões contra médicos. 

Em cada unidade visitada, os médicos foram convidados a preencher um breve formulário com nove perguntas a respeito da segurança nos postos da cidade. Alguns profissionais relataram situações de violência sofridas no ambiente de trabalho.

A primeira parada foi no Centro de Especialidades Clínicas (CEC) Volnei Gomes, na Vila Bom Princípio. Na unidade, foram ouvidas duas profissionais que estavam prestando atendimento. Também foi recolhido um formulário que havia sido preenchido por uma médica com quem a equipe conversou em uma visita anterior. As profissionais ouvidas comentaram já ter sofrido agressões em outras cidades em que atuaram, mas não em Cachoeirinha especificamente. 

 

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Já na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cachoeirinha, no Jardim do Bosque, o Sindicato conversou com três profissionais e recebeu o relato de que as buscas por atestados têm se intensificado. Segundo profissionais ouvidos, os pacientes, em sua maioria jovens, procuram a UPA com o único objetivo de conseguir o atestado e, quando são confrontados, por vezes, ficam agressivos. 

Ainda na UPA, houve relato de falta de segurança na portaria. Recentemente, um homem acessou o posto e gritou com a funcionária da segurança. Uma das médicas se trancou no consultório e chamou a polícia. Também foi relatado que uma campainha foi instalada na sala do descanso médico, algo que vem causando desconforto entre os profissionais. 

Além disso, também foi apontado o risco oferecido pelos pacientes psiquiátricos que ficam internados, algumas vezes, durante dias, na UPA. Segundo os médicos, alguns desses pacientes oferecem riscos a si mesmos e aos demais, precisando de supervisão por tempo integral. 

Foto divulgação Ascom/Simers

“Foi uma visita bastante produtiva, em que pudemos ouvir os relatos dos profissionais e acolher suas demandas, que serão encaminhadas pelo Sindicato”, comenta Denise Affonso. 

O Simers vem realizando uma série de ações focadas em coibir as agressões contra médicos, especialmente em Cachoeirinha, de onde foram recebidos diversos relatos. Uma das propostas apresentadas pelo Sindicato à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é a implementação de um botão do pânico nos postos para garantir a segurança dos profissionais. Em outubro, a assessoria jurídica da entidade médica entregou à secretária de Saúde, Bianca Breier, um texto-base de um projeto de lei e um parecer técnico sobre a viabilidade para a implementação do botão do pânico na cidade.

 

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