O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) voltou a agir em busca de soluções para os graves problemas de estrutura no Hospital Universitário de Canoas (HU). Em ofícios enviados nesta sexta-feira, dia 10, o Sindicato cita o documento elaborado pela Associação Saúde em Movimento (ASM), em parceria com os médicos, como uma consequência da criticidade da situação atual do HU. O Plano de Contingência não tem relação direta com o movimento legítimo de restrição dos profissionais, iniciado dia 17 de setembro, que enfrentam há meses problemas de pagamento, sendo uma realidade que se impõe diante dos problemas da instituição.
Os ofícios foram encaminhados ao Ministério Público; ao governador Eduardo Leite; à secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann; à presidente da ASM, Ana Cláudia Mendonça Vitti; aos diretores do HU; à superintendente da instituição, Vanessa Cardoso; bem como ao prefeito de Canoas, Airton Souza; e à secretária municipal da pasta, Ana Regina Boll.
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O Conselho Regional de Medicina também recebeu uma nova notificação pedindo interferência no fato de o Hospital Universitário seguir sem diretor técnico oficialmente, o que dificulta a atuação e afeta diretamente a capacidade dos médicos que atuam no local tomarem providências. O Simers também destacou ao Cremers, o quão importante seria a atuação do Conselho neste momento, diante do Plano de Contingência.
O Simers está atuando desde o início da crise do HU, que apresenta desde extremas dificuldades para o fechamento das escalas médicas até condições de trabalho precárias, como a falta de insumos, equipamentos e os reiterados atrasos nos pagamentos médicos. O Sindicato busca soluções imediatas para a questão, considerando o interesse público envolvido, o direito constitucional à saúde e o gravoso impacto do Plano de Contingência para a saúde da população de mais de 150 municípios, que possuem o Hospital Universitário de Canoas como referência para algumas especialidades.
Sobre o Plano de Contingência
Entre as medidas constantes no Plano, estão: suspensão imediata do atendimento em casos de fratura e atendimentos eletivos na área de traumatologia; UTI neonatal apenas para casos vindos do centro obstétrico do HU; restrição imediata das admissões externas da UTI adulta; restrições de pacientes externos em áreas como cirurgia geral, torácica e vascular, entre outras especialidades citados no texto. Na pediatria, haverá manutenção da escala de médicos rotineiros e da escala de plantão com garantia de atendimento integral aos pacientes já internados, com visitas hospitalares diárias e realização de procedimentos estritamente necessários. A clínica médica terá suspensão da retaguarda de internações pelo GERINT/NIR, sem exceções, com assistência mantida apenas aos pacientes já internados.
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