Simers volta a Brasília; presidente debate terceirização na Comissão da Saúde

Uma audiência pública na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, em Brasília, discutiu, nesta segunda-feira, 10, os impactos da pejotização na área da saúde. O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, relatou, mais uma vez, os problemas que a terceirização e os vínculos precários de trabalho vêm causando na assistência à população e para a categoria. O vice-presidente do Simers, Felipe Vasconcelos, e o secretário-geral, Willian Adami, também acompanharam.

Em sua fala, Matias explicou como os médicos se veem cada vez mais sem saída no momento de serem contratados:

“Faço questão de dizer: os médicos estão sendo forçados a ser PJ. Digo, sem medo, que os médicos lutariam para ter o mínimo de segurança. Seja sendo contratados diretamente pelo terceirizado ou tendo contratos que, para nós, viraram peças de ficção, que se chamam CLT, estatutário ou qualquer outro do gênero. O trabalhar virou algo obrigatório, mas o receber se tornou opcional”.

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O Simers está atuando diretamente para que a legislação garanta a valorização dos médicos e torne as relações contratuais mais justas, muitas delas citadas na audiência. Entre elas, o PL 570/2025 idealizado pelo vice-presidente do Sindicato, Felipe Vasconcelos, e apresentado pela deputada Carla Dickson, médica oftalmologista, e que está tramitando na Câmara dos Deputados. A proposta busca mais transparência e segurança para médicos que atuam em organizações conveniadas ao Sistema Único de Saúde através de empresas terceirizadas.

Ainda na audiência desta segunda-feira, Matias traçou um cenário se A terceirização for inevitável:

“Quem sabe o terceirizado contrata direto os médicos e acaba com a quarteirização, a quinterização? Talvez, dessa forma, a gente venha a ter empresas mais capazes, que passem por um processo seletivo, uma licitação, para fazer a gestão de forma mais eficiente”, declarou durante seu discurso.

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