As diretoras do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Ana Coronel e Débora Espírito Santo, participaram de uma reunião com gestores do Hospital Fêmina, na tarde desta quarta-feira, 6. No encontro, realizado na instituição, foram apresentadas diversas reivindicações por parte dos residentes médicos sobre a precariedade das condições de estadia e descanso no hospital.
A principal reclamação se refere à ausência de um espaço físico adequado para repouso, estudo e acomodação de pertences. O hospital está em obras e com isso ocorreram adequações nos espaços. Após a realocação dos residentes para novas áreas, eles perderam acesso a locais anteriormente utilizados, como na emergência, e passaram a dividir um quarto pequeno, gerando superlotação, desconforto e insegurança quanto a objetos pessoais.
Também participaram da agenda, os coordenadores da residência, que também apontaram a falta de resposta institucional formal ao documento que haviam enviado anteriormente, contendo sugestões e solicitações sobre o tema. Eles relataram sentir-se excluídos dos planos estruturais do hospital, sem espaço definido nas obras em andamento. Na reunião foi apontada a ausência de armários individuais, a convivência com profissionais em estágios diferentes de formação e a perda de identidade no novo ambiente reforçaram a sensação de desvalorização e invisibilidade do grupo.
Como solução emergencial, foi destacada a cessão temporária de espaço da Associação dos Médicos do Hospital Femina, tradicionalmente utilizada por médicos contratados, que passou a aceitar os residentes, sem cobrança de mensalidade. No entanto, essa alternativa foi reconhecida como insuficiente, dado que o espaço não é exclusivo, frequentemente está cheio e não oferece o conforto necessário para que os residentes possam descansar ou interagir livremente.
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Diante das reivindicações, algumas soluções concretas começaram a ser delineadas. Foi sugerida a instalação de armários para aliviar o acúmulo de objetos nos quartos, além da possibilidade de utilizar espaços desocupados no 4º e 6º andares para criar uma sala exclusiva de descanso e estudo. Durante a agenda, também foi discutida a importância da formação de uma associação formal dos residentes para fortalecer a representatividade do grupo e garantir sua participação nas decisões institucionais.
Após a deliberação, a comitiva do Simers foi acompanhada em uma visita às instalações dos residentes, incluindo quartos e salas de convivência. Segundo o hospital, um novo auditório deve ampliar a área destinada aos residentes até dezembro. A gestão se comprometeu a enviar, em até 10 dias, uma resposta formal às demandas, estabelecendo prazos e datas claras para a implementação de melhorias e ajustes para auxiliar os residentes a se acomodarem da melhor forma diante das condições temporárias.
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