O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) deu mais um passo no enfrentamento às agressões sofridas por médicos. A entidade lança o site do Observatório da Violência, espaço digital que reunirá informações e reportagens sobre ataques a médicos e demais trabalhadores da área. A iniciativa busca dar visibilidade a um problema historicamente subnotificado e fortalecer a criação de políticas públicas para aumentar a segurança nos serviços de saúde.
O Observatório é resultado de uma articulação do Simers com a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), o Conselho Regional de Medicina (Cremers) e conselheiros gaúchos do Conselho Federal de Medicina (CFM). Conta ainda com o apoio oficial da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Secretaria Estadual da Saúde.
“O Observatório nasce para reunir dados e incentivar registros, pois sabemos que a violência na saúde é uma das mais subnotificadas, principalmente no Rio Grande do Sul. Com o site, queremos dar visibilidade ao problema”, afirma o presidente do Simers, Marcelo Matias. Conforme a Secretaria de Segurança Pública, só com a denúncia formal é possível dimensionar o problema e agir com maior efetividade. Por este motivo, um dos objetivos é incentivar que profissionais denunciem os casos ao Simers e registrem ocorrência policial.
O portal está disponível no endereço: www.simers.org.br/observatorio-da-violencia.
Campanha em postos de saúde e hospitais
O Simers já vem atuando desde março em diversos postos de saúde e hospitais onde casos são registrados. Em Santa Cruz do Sul, por exemplo, cartazes incentivando a denúncia foram colocados em todos os postos de saúde da cidade. Houve também um treinamento específico para os médicos. Com o lançamento oficial do site, o logotipo do Observatório da Violência passará a constar em ações de divulgação, reforçando a iniciativa pioneira no RS. Além disso, é de extrema importância que o profissional, ao registrar a ocorrência, preencha o campo “profissão”, para que a Secretaria de Segurança possa classificar a ocorrência e o Observatório possa acompanhar.
Com a nova plataforma, o Simers espera dar luz ao tema e estimular denúncias. “É uma conquista importante, mas também um convite à mobilização coletiva. Só assim poderemos garantir ambientes de trabalho mais seguros para quem dedica a vida a salvar outras”, conclui Marcelo Matias.
Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina, entre 2013 e 2024 foram registrados cerca de 38 mil casos de agressões contra médicos no Brasil – uma média de 12 profissionais vítimas por dia. O número representa um aumento de mais de 60% na última década. No Rio Grande do Sul, a percepção das entidades é de que o problema seja ainda maior do que mostram os registros oficiais.
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