Uma comitiva do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) foi até o Hospital Viamão (HV) nesta quinta-feira, 6, em defesa de profissionais que estão com o pagamento de setembro atrasado. Parte do grupo que presta serviço diretamente ao InSaúde, administrador da instituição, ou pela empresa Salute, foi desligada na quarta-feira, 5, após divulgar uma carta aberta reivindicando os honorários. O presidente do Simers, Marcelo Matias, e as conselheiras Cristiane Ribas e Denise Affonso, acompanhados das assessorias jurídicas e de relações governamentais, se reuniram com o diretor geral do HV, Renaro Freitas, e a direção técnica.
Matias questionou o motivo do afastamento dos médicos e se, em algum momento, a direção entrou em contato com o grupo para conversar. Freitas negou e disse que optou pela dispensa dos sete profissionais após tomar conhecimento da carta aberta. O presidente do Simers alertou que substituir médicos por reivindicarem direitos é conduta vedada pelo Código de Ética. Também lembrou que esses profissionais haviam seguido trabalhando apesar de já terem ficado meses sem pagamento pela empresa anterior e que é compreensível temerem que a história se repita: “O afastamento dos médicos foi inadequado. Repense essa questão.”
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Funcionários não-médicos do hospital receberam em dia. A direção do HV informou que os atrasos ocorreram por ter sido necessário trocar a hemodiálise e consertar um tomógrafo. ‘’Os atrasos são sempre para os médicos. Então, quem pagou a troca da hemodiálise e o conserto do tomógrafo foram eles”, exclamou e indagou quais medidas o InSaúde está tomando para obter mais recursos, já que possui déficit mensal. Freitas disse estar buscando aumentar os valores que a instituição recebe junto ao Estado e ao Ministério da Saúde. Ele informou que metade do pagamento em atraso será feito hoje e o restante, na próxima semana, e assegurou que os honorários referentes a outubro serão depositados dentro deste mês.
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