O grupo de sete médicos está desde junho deste ano sem receber salários, nem possui contratos formalizados com a Santa Casa de Palmital. Num ato de desespero, a médica gravou e publicou em uma rede social um vídeo no qual relata a situação e informa que não comerá até a revogação da liminar que obriga os profissionais a manterem as atividades, apesar de não receber por elas. Na manhã de hoje (21), Elisangela conversou com o SIMERS e contou que ela e os colegas são prestadores de serviço na instituição. “Fizemos um documento endereçado à administração da Santa Casa avisando que deixaríamos de prestar nossos serviços em uma semana. Avisamos também a promotoria, prefeitura e Conselho Regional de Medicina”, explica.
Na notificação, o termo utilizado para expressar a vontade de romper vínculo com o hospital foi “suspensão das atividades”, em vez de rescisão contratual ou demissão – já que, de fato, não existem contratos formalizados. “Acredito que foi esse o viés utilizado pelo juiz para negar nosso pedido. Entregamos um novo documento solicitando então a rescisão contratual imediata, mas ainda estamos sob a liminar e não tivemos nosso pedido de revisão da decisão apreciado”, esclarece Elisangela.
Conforme notícia do site G1, do dia 1º de novembro, os trabalhadores da Santa Casa de Palmital declararam greve devido à crise financeira e atraso nos pagamentos. A reportagem publicada na ocasião informou que no setor da pediatria todos os consultórios estavam vazios e na ala cirúrgica nenhum procedimento foi realizado, já que os médicos especialistas também paralisaram os serviços. “A gente chegou no consenso que se a Santa Casa não tem mais recursos para pagar nem os atrasados, nem os meses que vamos trabalhar daqui para frente, seria melhor interromper as atividades”, considerou Elisangela, ressaltando que nove médicos já pediram desligamento do hospital.
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