Simers em Santa Cruz do Sul: entidade ouve médicos e pede apoio de autoridades no combate à violência contra médicos
Defesa

Simers em Santa Cruz do Sul: entidade ouve médicos e pede apoio de autoridades no combate à violência contra médicos

Sindicato visitou órgãos públicos municipais nesta sexta-feira. Na pauta, melhores condições de trabalho e mais segurança para os médicos que atuam na cidade 

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11/08/2025 09:14

Nesta sexta-feira, 8, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, e o vice-presidente da entidade médica, Felipe Vasconcelos, percorreram diferentes estabelecimentos de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, para dialogar com médicos e órgãos públicos. As agendas tiveram como objetivo verificar as condições de trabalho dos médicos da cidade e articular apoio no combate à violência contra profissionais da saúde.

Pela manhã, a comitiva do Simers foi recebida na Casa de Saúde Ignez Moraes – conhecida como Hospitalzinho – por médicas que atuam na unidade. De acordo com relatos, um dos problemas enfrentados pelos profissionais do município são as recorrentes ameaças quando os pedidos de atestados médicos são negados. Esses pedidos geralmente ocorrem às segundas-feiras e são negados quando são considerados indevidos.

Outro fator que reforça a sensação de insegurança no Hospitalzinho é a falta de um guarda no local durante o dia. Pelos relatos, o local ainda não conta com o botão do pânico que a prefeitura anunciou que estava disponibilizando nos postos da cidade. Também foi apontada a necessidade de um pediatra e a limitação de exames no local. Nas paredes do Hospitalzinho, contudo, já constam os cartazes de divulgação da campanha do Simers de combate à violência contra médicos. 

Visita à Prefeitura

Na sequência, a equipe do Simers se deslocou até a sede do Executivo Municipal para tentar uma agenda com o prefeito Sérgio Moraes, mas o mandatário não se encontrava na prefeitura. O objetivo da visita era o reforço do pedido de apoio na luta contra a violência aos médicos. 

O presidente do Simers também queria pedir ao prefeito que se manifestasse publicamente reconhecendo que houve injustiça no caso de uma médica do Centro Materno Infantil (Cemai), que foi acusada de negligência no atendimento a uma criança e sofreu uma série de ameaças. Após avaliação, ficou comprovado que a médica agiu dentro dos protocolos previstos. Como o prefeito estava em agenda externa, Matias e Vasconcelos deixaram cartazes da campanha do Simers em defesa dos profissionais da saúde. 

Canal de denúncias

No início da tarde, o Simers foi recebido pela subcomandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), major Michele Vargas. Na agenda, o vice-presidente Felipe Vasconcelos sugeriu a construção de um canal de WhatsApp para que os médicos pudessem se comunicar diretamente com a Brigada Militar em casos de violência. Em resposta, a major informou que os casos podem ser comunicados diretamente via WhatsApp, pelo número (51) 98447-2935, um canal que já é utilizado para emergências. Os chamados são atendidos pelo Centro de Operações da Brigada Militar (Copom).

Mais segurança

Durante o encontro, a major Michele Vargas também informou que, desde o dia 1º de agosto, a Brigada Militar vem reforçando o policiamento com visitas às unidades de saúde da cidade para fortalecer a proteção aos profissionais que atuam nos postos. A ação ocorre em conjunto com as patrulhas escolares.

 

Entre os locais que já receberam patrulhamento estão os hospitais Santa Cruz e Ana Nery, o Hospitalzinho, o Centro Materno Infantil (Cemai) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Outro apontamento trazido pela major foi a necessidade de uma intervenção do Executivo no entorno do Hospitalzinho em razão do alto índice de drogadição, que pode acarretar ou potencializar situações de violência contra os médicos da unidade de saúde.

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Reunião na SMS

No fim do dia, o Simers foi recebido pelo médico Ronei Pappen na Secretaria Municipal da Saúde representando o titular da pasta, Rodrigo Rabuske, que estava em outra reunião. Na agenda, foram discutidas medidas para melhorar a segurança dos médicos da cidade, além das questões relacionadas ao fornecimento de atestados, que vêm motivando agressões nos postos. O sindicato apresentou a proposta de implementar um posto avançado da Guarda Municipal junto ao Hospitalzinho para reforçar a segurança do local, uma vez que não há guarda diurno na unidade. O Simers também disponibilizou à SMS mais cartazes da campanha de combate à violência contra médicos para que sejam afixados nos postos.

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Fotos: Jean Peixoto/Divulgação
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