O aumento de episódios de violência contra médicos no Vale do Rio Pardo tem gerado preocupação entre os profissionais da saúde e levou o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) a intensificar ações para garantir a segurança da categoria. As assessorias política, jurídica e de comunicação do sindicato acompanharam as agendas realizadas na região.
Santa Cruz do Sul
Na manhã de quinta-feira (17), o diretor do Simers, Marcos André dos Santos, esteve em Santa Cruz do Sul, onde se reuniu com o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Rabuske, e a procuradora-geral do município, Trícia Schaidhauer. O encontro tratou da crescente preocupação com os casos de violência contra médicos, somente em julho, duas médicas foram agredidas e ameaçadas por pacientes na cidade.
Outro tema debatido foi o Projeto de Lei aprovado pela Câmara Municipal na última segunda-feira (15), que prevê a divulgação de dados sobre atendimentos médicos, incluindo nome completo e número do CRM dos profissionais por turno. Para o Simers, a medida expõe os médicos e aumenta os riscos à sua segurança.
Durante a visita, o diretor também esteve no Centro Materno Infantil (Cemai), onde uma médica foi alvo de ataques nas redes sociais e ameaças, após ser acusada injustamente de negligência. A Secretaria Municipal de Saúde, por sua vez, formou uma junta médica interna para analisar o caso e, embora ainda não tenha divulgado oficialmente sua posição, há confirmação de que o parecer técnico venha a corroborar com o posicionamento já apresentado pela empresa gestora, o qual isenta de culpa a médica.
Rio Pardo
Já na parte da tarde, o Simers esteve no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, onde o diretor Marcos André dos Santos reuniu-se com médicos da instituição para ouvir relatos de intimidações e discutir medidas de enfrentamento à violência contra médicos.
Segundo os relatos apresentados, o clima de insegurança tem levado profissionais a se afastarem do trabalho por receio de represálias por parte de pacientes. O diretor do sindicato destacou a importância da responsabilização dos agressores e reforçou que o Simers atua em campanhas de conscientização e apoio aos médicos vítimas de violência.
Uma das iniciativas em destaque é o Observatório da Violência, criado pelo Simers com apoio da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) e do Governo do Estado. O projeto busca combater a subnotificação de agressões físicas e verbais e oferecer uma linha direta para denúncias, em articulação com a Secretaria Estadual da Segurança Pública.
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“Muitas vezes o paciente já chega estressado pela doença. Mas precisamos conscientizar a população de que o médico não é o culpado. O Simers está atento a esses casos e preparado para apoiar os profissionais nessas situações”, afirmou o diretor.
Diante desse cenário, o Simers reafirma seu compromisso com a proteção dos profissionais da saúde e cobra das autoridades ações firmes para coibir a violência no ambiente onde médicos se dedicam a salvar vidas.
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