A conselheira do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Lúcia Osório, participou, nesta segunda-feira, 28, de mais uma audiência de mediação para tratar sobre o impasse envolvendo o Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS) e o Município de Canoas referente à demissão dos médicos celetistas que atuavam no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). A sessão foi realizada presencialmente no Gabinete de Mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), em Porto Alegre.
A sessão foi conduzida pelo desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, vice-presidente do TRT4. Além do Simers e demais sindicatos, a mediação contou também com a presença do procurador regional do Trabalho, Viktor Rybuchko Júnior, representando o Ministério Público do Trabalho (MPT), e o procurador Marlon Brumdo, pelo Governo do Estado. Pela prefeitura de Canoas, participaram do encontro o secretário-adjunto da Saúde, Gustavo Corrêa, acompanhado do procurador do Município, Johnatan Urban, e pelo procurador-geral do Município, Eber Bunchen.
No encontro, foi discutido o pagamento das parcelas rescisórias, salários e benefícios dos trabalhadores desligados do HPSC. Além disso, foram pedidos esclarecimentos sobre o repasse de pensões alimentícias e de valores de empréstimos consignados que não foram quitados.
O IAHCS informou que não possui condições de adimplir o pagamento das verbas rescisórias sem o repasse da Prefeitura, enquanto o Executivo de Canoas afirma que os contratos foram firmados com o Instituto e que não possui responsabilidade legal pelo pagamento das verbas rescisórias. De acordo com a prefeitura, os pagamentos dos salários de junho e julho de 2025 foram efetuados pelo Município para que os trabalhadores não fossem prejudicados.
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O Simers defendeu que, embora a responsabilidade do IAHCS pelo pagamento das parcelas rescisórias do contrato de trabalho jamais tenha sido questionada, a prefeitura de Canoas manifestou-se, em mais de uma ocasião, se responsabilizando pelo pagamento destas parcelas. O Sindicato também sugeriu a realização de um “encontro de contas” entre o Município, o IAHCS e os trabalhadores para garantir o pagamento dos valores devidos. O município pediu que a mediação fosse realizada somente entre a Justiça do Trabalho, o IAHCS e o Executivo Municipal, mas o desembargador Alexandre Corrêa da Cruz reiterou a necessidade da presença dos sindicatos nas tratativas.
Encaminhamentos
O Município de Canoas se comprometeu a manifestar-se, no prazo de 10 dias úteis, sobre três pontos: sua permanência na mediação; a viabilidade da realização de um “encontro de contas” com o IAHCS; e sobre o valor que entende ser devido ao Instituto. Já o IAHCS ficou encarregado de gerar os Termos de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCTs) e providenciar, até o dia 4 de agosto, os documentos necessários para viabilizar o saque do FGTS e o seguro-desemprego, além de informar sobre a regularidade das contribuições de junho e julho de 2025.
O Instituto também deverá se pronunciar posteriormente sobre os procedimentos a serem adotados em relação aos trabalhadores que estão em gozo de benefício previdenciário. Por fim, foi agendada uma nova sessão de mediação presencial para o dia 18 de agosto, às 10h30min.
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