Os perigos do consumo indevido de remédios contra impotência

  O famoso comprimido azul usado para facilitar a ereção masculina já é bastante conhecido da população. Porém, o que vem assustando os médicos é a “febre” entre os jovens para consumir esse remédio, que surgiu para tratar dificuldades de ereção que aparecem a partir dos 45 anos. Vendido sem prescrição médica, a comercialização, principalmente de genéricos, disparou de 2 milhões de unidades para 30 milhões por ano. Dez por cento dos jovens consomem essa medicação. Já entre os homens acima de 50 anos, 40% utiliza a pílula. O urologista Caio Schmitt alerta que todo remédio deve ser receitado pelo médico atendendo as indicações corretas e, como todo medicamento, a pílula azul têm seus efeitos indesejáveis como dor de cabeça, congestão nasal e vermelhidão no rosto e pescoço. “Não há idade correta para usar essa pílula e sim uma medicação correta. Sempre que existir uma causa que não seja psicológica para a impotência sexual, essa medicação será indicada. Ela não é recomendada quando o problema é psicológico e isso é muito importante porque o homem que tem disfunção sexual se abala psicologicamente, precisando de outro tipo de tratamento e não do comprimido azul.” O médico alerta ainda que a famosa pílula azul pode causar dependência psicológica. “O adolescente de 16 anos que usar esse medicamento com frequência terá uma melhor ereção, porém, futuramente não conseguirá mais transar se não tomar o remédio, tornando-se dependente psíquico da medicação”, destaca Caio. Já para o urologista Gustavo Carvalhal, o paciente que sofre do coração precisa ter cuidado. “A única contra indicação são os pacientes que usam remédios para dilatar as coronárias, por quem tem cardiopatia isquêmica (problemas de coração). Esses pacientes não devem usar a pílula azul porque pode haver interação entre as medicações que ele já consome, tornando-se prejudicial para o coração dessa pessoa”, ressalta.