Médicos da Emergência do Hospital Conceição reivindicam melhores condições de trabalho

Os médicos da Emergência do Hospital Conceição, de Porto Alegre, se reuniram com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) na noite desta quarta-feira, 18, para discutir as condições de trabalho. Ao conselheiro Ricardo Pedrini Cruz e à coordenadora do Núcleo de Medicina de Emergência, Camila Toscan, relataram alterações no fluxo de trabalho que impactam negativamente a assistência e aumentam a sobrecarga dos profissionais.

Segundo os médicos, com a redução do número de cirurgiões na Emergência, um único profissional passou a ser responsável por avaliar pacientes internados, responder a consultorias e realizar procedimentos. Com o novo fluxo, o primeiro atendimento dos casos cirúrgicos passou a ser realizado pela equipe clínica, com fluxos pouco claros e dependência de consultorias de outros setores. Isso tem impactado o tempo de permanência dos pacientes e provocado atrasos nas cirurgias. Além disso, quando há necessidade de exames de imagem com urgência, é preciso contatar o radiologista e, posteriormente, realizar novo contato para discutir o resultado, o que gera ainda mais sobrecarga ao médico.

Os profissionais também apontaram falta de orientação e de treinamento quando ocorrem mudanças nos fluxos. “Quando passamos a atender oncologia, não recebemos capacitação, assim como já havia ocorrido com cardiologia e outras demandas. A complexidade dos pacientes aumentou, enquanto o número de especialistas diminuiu”, relatou outro médico.

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Entre as reivindicações estão a melhoria da comunicação entre as diferentes áreas, com discussão quando ocorrem alterações na rotina de trabalho, além da revisão do dimensionamento das equipes por sala. Também foi destacado que a Unidade de Cuidados Críticos 2 (UCC2) apresenta dimensionamento inadequado: deveria contar com um médico de rotina, além do plantonista. O Simers irá solicitar reunião com a gestão do Hospital Conceição, com a participação das equipes da Emergência.

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