“Nossa missão é defender o nosso diploma”, diz presidente do Simers no encerramento da XIX Semana Acadêmica do Curso de Medicina da Unisc
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“Nossa missão é defender o nosso diploma”, diz presidente do Simers no encerramento da XIX Semana Acadêmica do Curso de Medicina da Unisc

Presidente Marcelo Matias palestrou na manhã de sexta-feira, 7, no auditório da Universidade de Santa Cruz do Sul

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10/11/2025 09:50

Foto Agência Preview/Divulgação

O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, participou, na sexta-feira, 7, do encerramento da XIX Semana Acadêmica do Curso de Medicina (SAM) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Com o tema “Conexões que revolucionam a Medicina”, ao longo de três dias, a programação contou com palestras, mesas-redondas, atividades científicas e apresentações de trabalhos.

Em sua palestra, o presidente refletiu sobre o sonho de ser médico, descrevendo como muitos jovens dedicam anos de estudo e sacrifício para alcançar a aprovação no vestibular de Medicina. Matias também criticou a expansão das faculdades de Medicina no Brasil após a criação do programa Mais Médicos, em 2013, explicando que a lei abriu caminho para uma explosão descontrolada de cursos, principalmente privados, sem o devido planejamento.

 

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O presidente destacou que o crescimento das faculdades de medicina no Brasil compromete a qualidade do ensino e forma profissionais em instituições fora dos parâmetros mínimos exigidos. Ele revelou que 78% das escolas não possuem estrutura adequada, 45% carecem de equipes de saúde da família e 72% não têm tutoria efetiva, transformando a formação médica em um negócio lucrativo e caro. 

Essa superoferta de médicos já gera desemprego e queda na remuneração, com casos de profissionais atuando fora da área. Ele acrescenta que cerca de 40% dos participantes do programa Mais Médicos não têm CRM válido, pois são formados no exterior e sem revalidação, enquanto o programa Médicos pelo Brasil, voltado a médicos brasileiros, reprova 80% dos candidatos em sua prova, criando uma distorção no sistema e agravando a crise profissional da medicina no país.

“O Sindicato Médico do Rio Grande de Sul está atuando de maneira muito importante, nessa, que eu vejo como a maior crise da história, não só das escolas, mas da nossa profissão. A nossa missão é defender o nosso diploma, seja ele do acadêmico formado, seja ele do nosso residente”, finalizou.

O presidente concluiu destacando que, apesar da longa e custosa formação médica, com mais de 7 mil horas de estudo e dedicação integral, outras áreas da saúde com carga horária muito menor vêm invadindo os atos exclusivos da medicina, como diagnóstico e prescrição. Ele explica que isso ocorre devido aos vetos à Lei do Ato Médico, sancionada em 2013, que retiraram dos médicos a exclusividade sobre várias práticas.

 

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Tags: Comissão Especial; Faculdades de Medicina Palestra

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