Simers trata dos impactos do Projeto Assistir ao Hospital Montenegro

Preocupado com os prováveis impactos do Programa Assistir aos hospitais gaúchos, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) realiza visitas à instituições de saúde que serão impactadas pelo projeto do governo Estadual. Na manhã de sexta-feira, 3, o presidente da entidade, Marcelo Matias, reuniu-se com corpo clínico do Hospital Montenegro (HM), ao qual a redistribuição de incentivos significará uma perda anual de R$ 16,6 milhões (-79%). Este montante irá comprometer a assistência à população e a tranquilidade financeira da casa de saúde, que atende cerca de 250 mil pessoas em 14 cidades do Vale do Caí.

Ao colocar-se à disposição para defender a categoria neste caso, Matias avaliou o encontro como produtivo. “A equipe médica está imbuída em fazer o atendimento à saúde da melhor forma possível, a despeito do risco de desabastecimento de recursos por parte do governo do Estado”, destaca o presidente. 
Para o delegado do Simers em Montenegro, Carlos Augusto Adamy, o hospital está, atualmente, bem estruturado e a previsão desta perda é lastimável: “Esperamos que o Simers possa nos ajudar a resolver esta questão da melhor forma”, avalia.

De acordo com o diretor técnico do HM, Jean Ernandorena, a parceria com a entidade médica sempre foi forte, especialmente quando se trata de defender o interesse da população.  “Este novo programa que está para ser implementado traz um prejuízo à nossa região e, com isso, pode deixar nossos cidadãos desassistidos”, salienta Ernandorena.

Sobre o Programa:
➔ Para os 162 hospitais com acréscimos de repasses: a transição se inicia na competência setembro, com pagamento em outubro de 2021, e se encerra na competência junho, com pagamento em julho de 2022. 
➔ Para os 56 hospitais com redução (caso do Hospital Montenegro): a transição se inicia na competência janeiro, com pagamento em fevereiro de 2022, e se encerra na competência junho, com pagamento em julho de 2022.