O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e o Sindicato dos Médicos do Rio Grande (Simerg) REPUDIAM com veemência as declarações feitas pelo vereador Glauber Pedroso (PT) durante a Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores do Rio Grande, na última quinta-feira (12/06), sobre a crise enfrentada na UPA Junção.
É absolutamente inaceitável e desrespeitoso que um representante do Legislativo municipal tente transferir a responsabilidade pelos constantes atrasos salariais sofridos pelos médicos para os próprios profissionais que, diariamente, sustentam o atendimento de urgência e emergência na cidade.
A afirmação de que os médicos “não aceitam ser CLT” é falaciosa. O modelo de contratação adotado na UPA Junção não é uma escolha dos profissionais, mas sim uma imposição da gestora, o IBSaúde. Trata-se de um sistema compulsório: ou o médico aceita ser contratado como pessoa jurídica (PJ), sem vínculo empregatício e sem direitos trabalhistas garantidos, ou fica de fora da escala e não trabalha. Essa é a dura realidade imposta a quem, mesmo diante da precarização, segue salvando vidas.
A tentativa de colocar médicos e equipes de enfermagem em confronto, ao comparar salários sem qualquer critério técnico ou compreensão da complexidade do trabalho médico, é uma atitude irresponsável e perigosa. O Simers reitera seu profundo respeito por todas as categorias da saúde, mas repudia qualquer tentativa de fomentar a divisão entre profissionais que deveriam estar unidos por condições mais dignas de trabalho.
O foco deve estar onde realmente importa: no fim dos atrasos salariais, na valorização de todos os profissionais da saúde e na mudança urgente do modelo de gestão da UPA Junção, cujo contrato com o IBSaúde se encerra em outubro.
O Simers continuará atuando com firmeza, em defesa da dignidade dos médicos e da qualidade do atendimento prestado à população do Rio Grande.
Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers)
Sindicato dos Médicos do Rio Grande (Simerg)
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