Na tarde desta terça-feira (03), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) participou de mais uma rodada de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, em Porto Alegre, para tratar do descumprimento do acordo trabalhista firmado com a Fundação de Saúde de Sapucaia do Sul (FSSS), gestora do Hospital Tramandaí. A reunião contou com a presença do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e de diversas outras entidades de classe da área da saúde, além de representantes do Estado. O Município de Sapucaia do Sul, por sua vez, não compareceu à audiência.
Durante a mediação, a Fundação confirmou não ter nova proposta e alegou fragilidade financeira, mesmo após já ter descumprido o acordo anterior que previa pagamento das verbas rescisórias em nove parcelas. A nova proposta apresentada — rejeitada de forma unânime pelos sindicatos — previa a extensão dos pagamentos para 24 meses, com dois meses já em atraso, o que foi considerado inaceitável.
O Simers, representado pela diretora da Região Metropolitana Alessandra Felicetti, manifestou-se de forma firme, afirmando que a proposta da Fundação é danosa à categoria médica, que sofre com o prolongamento indevido da quitação de seus direitos. “A expectativa era de pagamento em nove parcelas. Essa tentativa de prolongamento por mais dois anos, em cima de um acordo já descumprido, é um desrespeito aos profissionais que mantêm a linha de frente da assistência”, destacou o sindicato.
Os sindicatos presentes alertaram ainda para a possibilidade de responsabilização dos gestores públicos, dado que o acordo descumprido tinha previsão orçamentária pelo Município. Diante disso, as entidades propuseram a retomada dos pagamentos em parcelas de R$ 250 mil mensais a partir de 25 de junho de 2025, com acréscimo progressivo e aumento da cláusula penal de 20% para 30%. Também solicitaram que os gestores da Fundação, a presidente da Câmara Municipal e o prefeito de Sapucaia sejam convocados pessoalmente para a próxima audiência.
O Simers reforçou que, em caso de ausência de avanços na próxima sessão, marcada para o próximo dia 18, apoiará o rompimento da mediação e o ajuizamento imediato de ações de execução do acordo descumprido, além da notificação dos órgãos de controle para apuração de responsabilidades.
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