O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) se reuniu, na noite desta quinta-feira, 5, com os médicos demitidos do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). Os profissionais foram surpreendidos pela dispensa na noite de quarta-feira, 4, quando a Prefeitura comunicou a ruptura com o Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), que administrava a instituição. A decisão impacta na demissão de mais de 600 trabalhadores, incluindo 75 médicos.
O presidente e vice-presidente do Simers, Marcelo Matias e Felipe Vasconcelos, junto com a equipe jurídica, orientaram e esclareceram os caminhos que o sindicato vai seguir para garantir os direitos da categoria. Também participaram da reunião os diretores Rômulo Vargas e Márcia Barbosa (Políticas Estratégicas).
Além da apreensão com o futuro profissional, os médicos também expressaram preocupação com os pacientes que estavam sob suas responsabilidades. Por determinação da Secretaria Municipal de Saúde, o Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) assumiu os serviços do HPSC. Houve relatos de que a administração está propondo que alguns dos dispensados, que têm vínculo trabalhista CLT com o IAHCS, reassumam as funções como Pessoa Jurídica. O Gracinha está sob a gestão da Prefeitura desde 2020.
Saiba mais:
Simers cobra soluções para crise da saúde em Canoas e defende médicos em Mediação no TRT4
Nesta quinta-feira, o Simers protocolou novo pedido à Justiça solicitando que o Estado do Rio Grande do Sul assuma, de forma emergencial, a gestão do HPSC. A medida visa garantir a continuidade dos atendimentos à população de Canoas e região metropolitana, bem como preservar condições dignas de trabalho aos profissionais da saúde. O sindicato também oficiou o Conselho Regional de Medicina (Cremers) sobre a decisão da Prefeitura.
A Justiça designou uma audiência de conciliação e justificação para esta sexta-feira, 06, às 14h, na 3ª Vara Cível de Canoas, com a presença do Ministério Público, do Município de Canoas, das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde, da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e do Simers. A audiência também tratará da Ação Coletiva movida pelo Simers contra o Município de Canoas.
O Simers utiliza cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para melhorar a experiência de usuário. Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.