Crédito das imagens: Rodger Timm / Divulgação/ Simers
O Observatório da Violência, lançado na última semana pelo Simers com apoio de Amrigs, conselheiros do CFM no RS e Cremers, teve nesta quinta-feira (10) a primeira reunião com a Secretaria Estadual da Segurança Pública. O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Marcelo Matias, participou da agenda junto ao secretário da Segurança Pública do Estado, Sandro Caron. Em pauta, a discussão de medidas de combate a agressões contra profissionais da saúde no ambiente de trabalho.
O presidente apresentou ao secretário os objetivos do Observatório da Violência, que visa coletar dados sobre casos de agressões contra médicos e demais profissionais da área, além de discutir medidas para coibir o crime. Também estiveram presentes no encontro, a conselheira do Conselho Regional de Medicina do Estado, Laís Leboutte, e o diretor de Comunicação da Associação Médica do Rio Grande do Sul, Marcos André dos Santos.
“A ideia básica dessa parceria entre as entidades é chamar a atenção sobre o aumento expressivo que tem ocorrido ao longo dos anos de casos de violência em unidades de saúde. E não apenas contra médicos, mas contra todos os profissionais da saúde”, diz o presidente do Simers.
Marcelo Matias pontuou que o Rio Grande do Sul tem um histórico de subnotificação desses casos de violência, o que, segundo ele, acaba inviabilizando análises aprofundadas sobre o problema. O presidente também lembrou que há um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que visa aumentar as penas para crimes cometidos contra profissionais de saúde, tanto em casos de homicídio quanto de outras formas de violência, como lesão corporal e constrangimento ilegal.
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“Para nós, acaba sendo muito importante que, em paralelo com o projeto, a gente tenha a possibilidade de que o Observatório facilite as denúncias, o levantamento de dados e facilite a investigação. Queremos aprender com a Secretaria de Segurança quais são os melhores métodos para isso, seja no momento da denúncia ou no momento do acompanhamento”, frisa o presidente.
O secretário Sandro Caron destacou a importância da denúncia. Ele comentou que, em cerca de 80% dos casos de feminicídio, não havia registro anterior de violência doméstica. Ele comenta que, do mesmo modo, os crimes contra profissionais da saúde, muitas vezes, não são registrados. Ele vai analisar o pedido para que a delegacia on-line traga uma aba específica para registro deste tipo de caso.
“Essa nossa conversa é muito importante porque essas situações de intolerância tendem a aumentar, e a gente precisa de medidas rápidas e efetivas, com o diagnóstico completo da situação para que a gente possa, em nível de segurança, elaborar uma estratégia em parceria com vocês”, diz Caron.
A representantes do Conselho Regional de Medicina, Laís Laboutte, salientou que "há uma preocupação diária de todas as entidades pelo exercício adequado da medicina em condições seguras, tanto para o médico como para todos os profissionais de saúde". O diretor de comunicação da Amrigs, Marcos André dos Santos, reforçou que o observatório "vai fazer toda a diferença no atendimento à população e na proteção dos profissionais da área de saúde".
Ao fim da agenda, o titular da pasta colocou o Observatório da Segurança Pública do Estado à disposição das entidades para auxiliar na coleta e análise dos dados sobre casos de agressões em unidades de saúde.
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