Os médicos que ainda atuam no Hospital Universitário (HU) de Canoas se reuniram com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), na noite de segunda-feira, 22, e retrataram a degradação da assistência na instituição. Com os atrasos recorrentes nos pagamentos, tornando inviável a permanência dos profissionais, há falhas nas escalas e mais setores deixando de funcionar.
O presidente da Simers, Marcelo Matias, explicou que a situação tende a melhorar com a chegada de recursos do programa federal Agora Tem Especialistas. “Passamos a terça-feira tentando uma reunião com a direção do hospital para cobrar os valores em atraso, mas não fomos recebidos. Também informamos o Cremers sobre o agravamento da precariedade da assistência e o Conselho fez uma fiscalização”, afirmou.
Conforme os médicos, a UTI Neonatal deve fechar nesta terça-feira, 23, por não haver interessados em integrar a escala. “O HU perdeu a credibilidade para atrair profissionais”, afirmou um dos participantes da reunião.
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O presidente enumerou ainda as etapas da batalha que o Simers vem travando para garantir que os médicos recebam e tenham condições adequadas para prestar assistência. Falou das inúmeras reuniões e ofícios enviados à Prefeitura, Ministério Público, Cremers, direção do HU, e outros órgãos e instâncias. E, ressaltou o empenho para que o hospital seja federalizado, chegando à bancada gaúcha na Câmara e Senado.
“Falamos direto com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesse sábado, 20, em Porto Alegre. Eu insisti que a federalização é a única solução. Ele disse saber da situação, que conhece o HU, e se comprometeu a tratar disso no Ministério. Nós vamos entrar em contato com as entidades que apoiam a ideia para, juntos, irmos a Brasília”, finalizou.
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