Neste mês, o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) completa 1 ano como gestor dos principais aparatos de saúde de Canoas – o Hospital Universitário (HU), Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), as Unidades de Pronto Atendimento e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). E o balanço deste primeiro ano de trabalho desperta graves preocupações.
Os cerca de 500 médicos que prestam serviço para a organização social sofrem com a sonegação de direitos, como o condicionamento da prestação de serviços ao ingresso em empresas vinculadas ao próprio Gamp. Além disso, o atendimento se mantém precário devido à falta de medicamentos dos mais simples aos mais complexos tais como a clorexidina aquosa – item básico para higienizar feridas – e de insumos como gaze, luvas, copos descartáveis e equipamentos, entre eles o tomógrafo para a realização de exames imprescindíveis.
O Simers tem lutado incessantemente para denunciar os problemas e buscar condições mínimas para os médicos atenderem a população. Mesmo assim, o caos continua. Na semana passada, um médico enviou a seguinte denúncia à entidade médica:
“Materiais como seringas, cateteres e sondas de aspiração descartáveis estão sendo reaproveitadas no mesmo paciente. Além disso, há falta de compressa gaze, aventais descartáveis de isolamento, dânulas e materiais para coleta de sangue, entre outros. Não bastando, antimicrobianos extremamente necessários para cobertura de germes hospitalares e multirresistentes [estão] em falta há várias semanas, sem opções razoáveis de substituição. Exemplos: Meropenem, Piperacilina, Oxacilina. Outros com baixo estoque, mas repostos insuficientemente (por pouco tempo). Pacientes ficam sem receber tratamento completo, pois os gestores esperam acabar o estoque para depois comprar”.
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