Em respeito ao seu compromisso de que defender os médicos é defender a saúde, o Simers repudia de forma veemente decisão da Fundação Hospital Centenário de demitir uma médica pediatra, no pleno exercício de suas funções, por força de óbito ocorrido no dia 12 de março.
Na avaliação do Simers, a decisão do hospital é equivocada e arbitrária, pois contrariou o relatório do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) 04/2019, instaurado pela própria instituição, que concluiu não haver relação entre a conduta da médica e as causas do óbito.
A Comissão Processante do Hospital Centenário reconheceu expressamente que “...não houve negligência tampouco irregularidade na conduta da médica, considerando que a servidora estava em seu local de trabalho, de acordo com a Lei que estabelece o plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos...”, reafirmando que o atendimento prestado pela profissional observou a boa prática médica, não havendo razão para aplicar qualquer punição à médica. No entendimento da comissão, “...por não restar comprovada nenhuma irregularidade, essa comissão sugere a ABSOLVIÇÃO da referida servidora.”
O relatório final do PAD foi avaliado pela Procuradoria Jurídica do Hospital Centenário, que atestou sua legalidade e validade. Mesmo assim, contrariando a investigação que absolveu a médica com base nos depoimentos e documentação anexados ao processo, o Hospital Centenário decidiu pela demissão da profissional.
Além da discrepância entre o resultado da investigação e a demissão da profissional, cabe salientar que os médicos trabalham na linha de frente em situações extremas, nem sempre podendo evitar desfechos indesejáveis, como a morte de um paciente.
Crise no Hospital Centenário
O Simers destaca que vem denunciando exaustivamente o processo de deterioração nas condições de atendimento no Hospital Centenário, e que a demissão aplicada à médica, considerando que a atuação profissional não está em nenhum aspecto ligada ao desfecho trágico do caso, trata-se de um ato para desviar o foco dos verdadeiros problemas do Hospital.
Há apenas 15 dias, o Hospital Centenário foi alvo de uma solicitação de fechamento de sua emergência, ação conjunta entre Simers e Cremers, em virtude da falta de médicos. Tal situação, recorrente ao longo deste ano, é apenas uma das dificuldades verificadas no Centenário e que causam desassistência à população e fragilizam médicos e demais profissionais de saúde, que podem ser injustamente responsabilizados por intercorrências.
O Simers aguarda pela reversão desta equivocada decisão do Hospital Centenário, com a reparação dos danos causados à médica e aos demais profissionais de saúde em virtude do referido caso.
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