Problemas no HPS, denunciados pelo Simers, ainda não foram solucionados
A Luta

Problemas no HPS, denunciados pelo Simers, ainda não foram solucionados

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27/05/2019 00:00

Falta de recursos humanos, equipamentos indisponíveis ou subutilizados, materiais sucateados e problemas na infraestrutura de trabalho. Este quadro, identificado pelo Simers no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre há oito meses, segue comprometendo a qualidade do atendimento na principal unidade de urgência e emergência da Capital.

Nesta quinta-feira (23/5), o Simers retornou ao HPS a fim de avaliar, detalhadamente, se houve melhorias na instituição desde a vistoria realizada em setembro de 2018. Verificou, porém, que pouca coisa mudou. Responsável pela gestão do hospital, a prefeitura de Porto Alegre não providenciou as melhorias que o HPS necessita para manter a qualidade dos atendimentos.


Poltrona disponível para acompanhante de paciente na pediatria do HPS
Poltrona disponível para acompanhante de paciente na pediatria do HPS

“Os problemas apontados pelo dossiê elaborado pelo Simers há oito meses, infelizmente, seguem atuais. Em alguns pontos, a situação até piorou”, diz a diretora de Região Metropolitana do Simers, Alessandra Felicetti, que coordenou a visita nesta quinta-feira.

Falta de profissionais no HPS

A falta de recursos humanos continua sobrecarregando os profissionais. Faltam médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem em diferentes áreas do hospital. Em alguns casos, médicos precisam atender a duas unidades simultaneamente para evitar desassistência.

Tomógrafo ocioso no HPS

Também foram verificados diversos problemas de infraestrutura no HPS. Um exemplo acontece no Centro de Diagnóstico por Imagem, onde a falta de ar condicionado provoca a ociosidade de equipamentos e reduz a capacidade de atendimento. Embora o HPS conte com dois tomógrafos, o setor não tem capacidade para refrigerar, de forma simultânea, os ambientes onde ambos se encontram, condição indispensável para seu uso. Na prática, somente um deles pode ser utilizado.


Um dos tomógrafos do HPS não é utilizado pois não há estrutura para resfriar sala
Um dos tomógrafos do HPS não é utilizado pois não há estrutura para resfriar sala

“Além de comprometer a disponibilidade de atendimento, esta deficiência provoca a ociosidade de um equipamento caro e de grande utilidade no serviço de emergência, ou seja, um exemplo de mau uso dos recursos públicos”, afirma Alessandra Felicetti.

Também no Centro de Diagnóstico por Imagem, um ecógrafo está quebrado há dois anos. A unidade recebeu recentemente novos aparelhos de ar condicionado. Porém, a instalação não foi concluída corretamente.

O dossiê atualizado com as deficiências registradas no HPS será encaminhado pelo Simers ao Conselho Municipal de Saúde e ao Ministério Público do Estado.


Teto de gesso danificado no setor de queimados
Teto de gesso danificado no setor de queimados

Simers apoia Frente Parlamentar de Defesa do HPS

No dia 17 de maio, o Simers participou do lançamento da Frente Parlamentar de Defesa do HPS, na Câmara Municipal de Porto Alegre. Na ocasião, o presidente do Simers, Marcelo Matias, destacou que parece estar ocorrendo um sucateamento proposital do HPS como forma de criar condições para a sua terceirização.

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