Na Assembleia Legislativa, Simers leva à Comissão de Saúde e Meio Ambiente um panorama da crise do Samu RS
A Luta

Na Assembleia Legislativa, Simers leva à Comissão de Saúde e Meio Ambiente um panorama da crise do Samu RS

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04/04/2018 13:08

Dra. Clarissa Bassin expõe as conclusões do Simers quanto ao Samu Estadual Foto: Lisiani Mottini
Nesta quarta-feira (04), durante sessão da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, o secretário adjunto de Saúde do Rio Grande do Sul, Francisco Paz, realizou a Prestação de Contas da pasta durante o terceiro quadrimestre de 2017. Os números divulgados, porém, não retratam a realidade vivida pelos profissionais da área. Tanto que, na oportunidade, o médico Roberto Zabaleta solicitou a palavra e fez um desabafo ao microfone: “Eu trabalho na Regulação Estadual do Samu há mais de cinco anos. Nesse período, eu vi o desmonte do Serviço. É um dia pior que o outro. Agora, a situação ultrapassa o caos. É desesperador você ver uma tela cheia de chamadas com parada cardíaca, infarto, acidente de trânsito, criança que caiu de determinado andar e você ter que escolher qual vai salvar”, disse ele. A diretora do Simers Clarissa Bassin, que fez parte da mesa, apresentou um histórico da Central Estadual de Regulação das Urgências do Estado. Lembrou que a autarquia, criada em 2004, chegou a contar com 53 médicos reguladores. Em meados de 2014, a Secretaria Estadual de Saúde abriu um concurso público para vários cargos de curso superior, incluindo-se o de médico regulador – com 70 vagas em edital. Todos os aprovados foram chamados e a Central passou a contar com 68 médicos. De lá para cá, porém, o serviço vem sendo gradualmente desmanchado. “Hoje, o efetivo é de apenas 28 médicos”, disse Clarissa. Zabaleta repudiou a ideia de que o número de médicos em atividade na Central de Regulação é suficiente. “Para atender uma população de sete milhões de pessoas? [Quem diz isso] é porque nunca sentou numa cadeira da Central de Regulação. Sabem por que existe um número crescente de exonerações [de médicos reguladores]? Porque a atividade é bastante estressante”, destacou. Outro ponto abordado foi o desconhecimento da população acerca das funções do Samu RS. Segundo Zabaleta, o Serviço não deve ser utilizado como se fosse táxi, para levar pacientes ao hospital ou consultas médicas. “Esse desconhecimento sobrecarrega o atendimento”, ressaltou. Para Zabaleta, o Serviço de Urgência e Emergência tem ambulâncias de resgate, portanto está ali para atender casos de risco de morte em até 30 minutos. “É preciso equipe médica em número suficiente para dar vazão a nossa demanda." A próxima reunião da Comissão ocorrerá no dia 18 de maio deste ano.
Tags: SAMU Central de Regulação do Samu Estadual Samu estadual Samu RS precaridade

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