SIMERS participa de audiência pública sobre cuidados paliativos para discutir impasse em unidade de Pelotas
A Luta

SIMERS participa de audiência pública sobre cuidados paliativos para discutir impasse em unidade de Pelotas

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30/08/2017 18:18

audiência pública sobre cuidados paliativos
Maria Rita reprovou a atitude da reitoria. Foto:Marcelo Bertani/Agência ALRS
A busca pela retomada do espaço integral da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital Escola (Cuidativa), em Pelotas, ganhou nova perspectiva em audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul no fim da tarde de terça-feira (29), ela teve como um de seus encaminhamentos a retirada do chamado “muro da intolerância”. Instalada pela reitoria da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a divisória limitou o espaço utilizado pela Cuidativa para a realização das atividades do projeto. Dos 700 m² originais, apenas 200 m² foram deixados. Doutro lado, hoje são guardados documentos de arquivo morto do Hospital Escola. Além disso, foi definida a formação de uma comissão, incluindo profissionais da saúde e parlamentares, para regulamentar os serviços de cuidados paliativos no Estado. Também foi proposta a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Centro Regional de Cuidados Paliativos de Pelotas. Presente na audiência, a vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Maria Rita de Assis Brasil, destacou que esteve no município e ficou impactada com o trabalho desenvolvido no local. “A decisão da reitoria é muito ruim, pois colocou um arquivo morto no lugar de atividades de vida. Espero que possam refletir melhor e transformem aquele espaço em um lugar de aprendizado e humanidade, que mostre a preocupação que a Universidade deve ter não só com a formação de seus estudantes, mas também com a cidadania”. Coordenadora do projeto, a médica e professora da UFPel Julieta Fripp destacou que esse muro é incompatível com as práticas desenvolvidas diariamente no pavilhão e vai contra a máxima de que, especialmente em casos como esses, tempo é vida. “Para o senso comum, cuidado paliativo é cuidar de paciente terminal, mas não é verdade. Nós precisamos cuidar das pessoas com doenças crônicas, fragilizadas e em diferentes cenários. Isso é oferecer qualidade de vida”.

Sobre a Cuidativa

De segunda a sexta, a unidade oferece, além do atendimento ambulatorial, rodas de conversa, acupuntura, reiki, oficina de plantas, meditação, dança circular, pet terapia, pilates e exibição de filmes. O objetivo é oportunizar que o paciente, a sua família e cuidadores possam participar de atividades que tirem o foco da doença e da morte, que se ofereçam novas perspectivas. Trata-se de uma extensão do atendimento domiciliar promovido pelo Programa de Internação Domiciliar e Interdisciplinar (PIDI) e pelo programa Melhor em Casa. Nesta área da Cuidativa funciona também a Liga Multidisciplinar de Cuidados Paliativos, que aglutina alunos da área da saúde. De todo o trabalho participam inúmeros professores da UFPel.
Tags: Pelotas Assembleia Legislativa Audiência pública Cuidados paliativos Cuidativa

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