Modelo de gestão do GHC é discutida no Ministério Público
A Luta

Modelo de gestão do GHC é discutida no Ministério Público

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12/08/2016 13:22

Foto: ASERGHC
Foto: ASERGHC
A vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil, participou nesta quarta-feira, 10, da Audiência Pública convocada pelo Ministério Público para discutir o modelo de gestão do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Em uma mesa composta por membros dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, Conselho Estadual e Municipal da Saúde, e pela Superintendente do GHC, Adriana Denise Acker, as discussões foram motivadas por denúncia do Conselho Municipal da Saúde de que as declarações do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, colocavam em risco o Sistema Único de Saúde em Porto Alegre com os ataques perpetrados contra o GHC e seus trabalhadores. Maria Rita abordou a falta de justa reposição salarial aos funcionários do GHC. “A proposta é de 3,5% de reposição quando a inflação é 9,5%, ou seja, há uma grande defasagem, sendo 6% de diferença que representará significativa perda no futuro. O GHC não está sendo valorizado conforme deveria porque, além do descaso com a remuneração dos trabalhadores, faltam profissionais, equipamentos, um rol importante de medicamentos e leitos estão fechados. Há uma lista com mais de 50 produtos de uso necessário e urgente”. Outro ponto fortemente apresentado no encontro foi o da necessidade de eleição direta para o comando do GHC, tanto da alta direção quanto das gerências e chefias. Atualmente os cargos são indicações diretas do governo federal e seus aliados, quando o correto seria a composição da direção ser escolhida através do processo eleitoral direto envolvendo os funcionários e a comunidade do GHC. A vice-Presidente do Simers enfatizou ainda “que temos de reiniciar tudo no Brasil, por meios de imediatas eleições gerais e diretas”. Importante destaque dado pela Maria Rita foi sua militância em torno da defesa dos Direitos Humanos flagrantemente violados no GHC. “Pacientes são colocados em grande número em cobertores estendidos no chão, pessoas cujas patologias jamais poderiam estar assim colocadas, quando não são mães com crianças pequenas baixadas em simples cadeiras. Tudo isso é uma grande violação de direitos e há muitos anos trago isso ao conhecimento tanto do MPE quanto do MPF. É inaceitável que o SUS e, no caso, o GHC, trate os pacientes com tamanha indignidade”. As reivindicações das instituições que participaram da audiência pública devem ser encaminhadas pelos Ministérios Público, Federal e Estadual, visando a valorização do GHC e a verificação quanto às denúncias de estar havendo um verdadeiro desmonte do SUS no País cujas evidencias começam a aparecer na gestão do GHC.
Tags: GHC

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