O Simers recebeu denúncia, nesta quarta-feira (19/2), de que o Pronto Atendimento Bom Jesus, em Porto Alegre, abrigava pacientes com tuberculose em macas no corredor da unidade. Ao tentar averiguar a denúncia, a entidade médica não foi recebida no local. Nenhum gestor da unidade atendeu ao diretor do Simers, Marcos Rovinski, para prestar esclarecimentos sobre a situação.
A denúncia indicava a presença de um paciente com diagnóstico confirmado de tuberculose, e outro com suspeita de estar com a doença. O paciente com tuberculose recebeu máscara, a qual era removida constantemente. Ele estava abrigado em uma maca sinalizada com uma fita no chão. A situação preocupa os profissionais do PA, especialmente pelo risco de contaminação a outros pacientes e à própria equipe de atendimento.
Outras denúncias relativas ao PA chegaram ao Simers. Faltam insumos básicos como fita para medir glicose no sangue, seringas de 10 e 20ml e agulhas para administração de medicamentos, papel para imprimir receitas e material de esterilização para procedimentos. Também há registro de demora excessiva nos exames de sangue, o que tem causado revolta e tumulto, além de impedir atos médicos que reduziriam a morbidade e mortalidade em casos de doenças cardíacas, por exemplo.
A precariedade passou a ficar mais efetiva depois que a Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM) assumiu a administração do local.
Para o Simers, a situação é preocupante pois coloca em risco a população e prejudica o trabalho do médico. Em defesa da saúde, a entidade solicitará audiência com a Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, na tentativa de mudar essa circunstância.
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