Presidente do Simers vê falta de diálogo com a prefeitura como obstáculo para negociar situação do Imesf
A Luta

Presidente do Simers vê falta de diálogo com a prefeitura como obstáculo para negociar situação do Imesf

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24/09/2019 00:00


Durante sua participação em audiência pública sobre extinção do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família de Porto Alegre (Imesf), realizada na Câmara de Vereadores de Porto Alegre nesta segunda-feira (23), o presidente do Simers, Marcelo Matias, avaliou a intransigência da prefeitura para dialogar sobre a questão com a sociedade como uma atitude anti-democrática:

“É muito difícil discutir o futuro destes trabalhadores quando o prefeito diz que os funcionários do Imesf tratam o paciente do SUS como gado. Por isso, precisamos do Legislativo e dos servidores aqui para irmos contra as decisões arbitrárias do prefeito”, destacou, ao interceder em nome dos 73 médicos (e, consequentemente, dos demais 1.767 funcionários) que hoje atuam no órgão.

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) classificar como inconstitucional a lei que criou o Imesf, a prefeitura informou que pretende demitir estes profissionais e fazer contratações temporárias para que os serviços não sejam interrompidos. Para Matias, “as opções de contrato emergencial ou de contratualização não trazem nenhuma garantia para os trabalhadores”.

Na sua avaliação, há ainda outra contradição da prefeitura: gastará R$ 60 milhões com as indenizações dos profissionais do Imesf e apoia uma campanha que pretende arrecadar R$ 8 milhões para obras de reforma no HPS.

O presidente da entidade médica manifestou apoio à iniciativa do vereador Roberto Robaina, visando a criação de uma Empresa Pública para gerir o programa de saúde da família em Porto Alegre.


Entrevista para a Rádio Gaúcha

Ao programa Gaúcha +, na tarde desta segunda-feira, Matias afirmou que há alternativas para este impasse, a exemplo dos casos bem-sucedidos do Hospital Conceição e do Hospital de Clínicas, que são instituições públicas, mas têm a contratação via CLT.

De acordo com o presidente do Simers, os próximos passos seriam criar uma normativa da Câmara, que seja enviada à Ministra Rosa Weber, a fim de retirar a urgência da determinação judicial, “dando um tempo para que a gente convença a prefeitura de que negociar faz parte da democracia”.

Tags: Audiência pública Câmara Municipal de Porto Alegre

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