Sofri ameaças e agora? Como os médicos devem proceder em casos de violência
A Luta

Sofri ameaças e agora? Como os médicos devem proceder em casos de violência

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17/10/2016 15:11

Médicos estão vulneráveis a ameaças e agressões no dia a dia da profissão, principalmente quando atuam em emergências. Os motivos para a violência são diversos: demora no atendimento, falta de estrutura, desavenças na hora da consulta, abalo emocional de pacientes e acompanhantes. Um estudo do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) trouxe números preocupantes no início deste ano: cerca de 47% dos médicos conhecem algum colega que viveu episódio de violência por pacientes, 17% foram vítimas e conhecem colegas na mesma situação e 5% sofreram agressões pessoalmente. A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Datafolha com 617 médicos e 807 cidadãos paulistas. Relatos em cidades gaúchas não faltam - e levam a crer que a situação por aqui não é muito diferente. Ainda que seja difícil apontar um “jeito certo” de se portar diante dessas situações - que dependem do estado emocional do agressor, nível de ameaça, segurança no local, entre outros fatores - separamos algumas recomendações caso o profissional da saúde passe por essa desagradável experiência.

Manter a calma

como o médico deve proceder em caso de violência Existem diferentes tipos de ameaças contra médicos. Elas podem ser verbais, físicas e até virtuais. Além disso, podem ser de diferentes níveis, dependendo do estado emocional da pessoa em questão e da presença ou não de armas, como facas e até armas de fogo. Em todas, no entanto, o ideal é que o médico mantenha a calma, não entre em pânico. É mais fácil assim analisar corretamente a situação e tomar a melhor atitude.

Tentar conversar com o agressor

como o médico deve proceder em caso de violência Na ausência de uma pessoa que possa conter a ameaça, é importante tentar explicar a situação à pessoa que exige socorro imediato. Se houver condições, o médico deve mostrar que há uma ordem de atendimento, que considera também a gravidade de cada caso, e que prestará assistência a todos. O profissional pode ainda dizer que o agressor ou quem estiver com ele terá todo apoio necessário até o momento de ser analisado pelo médico.

Em casos extremos, ceder

como o médico deve proceder em caso de violência Se o médico observar que a pessoa está visivelmente descontrolada e temer pela próxima vida, o melhor é ceder aos pedidos. No episódio “Quer morrer, doutora?” da websérie Nascidos para Medicina, a médica é ameaçada com uma arma de fogo por uma pessoa claramente fora de si, atirando no teto. Mesmo após conversar rapidamente com o agressor, nada mudou. A solução encontrada foi atender imediatamente a vítima (que, pela gravidade do caso, provavelmente seria atendida na mesma hora, de qualquer maneira).

Não deixar por isso mesmo

Ameaças e agressões, por qualquer motivo, não podem ser encaradas como algo comum e rotineiro dentro de uma instituição de saúde pública ou privada. Tanto os superiores quanto os órgãos de segurança devem ser alertados. Veja o passo a passo aqui.

Quer morrer, doutora?

Websérie Nascidos para Medicina episódio violência Na websérie Nascidos para Medicina, obra ficcional que retrata os desafios dos médicos na luta pela prestação da saúde de qualidade no Brasil,  a médica Julia enfrenta uma situação de violência. Quando bandidos invadem a emergência, exigindo atendimento para uma mulher baleada, Julia assume a responsabilidade de lidar com a situação, mas a tensão do momento pode levá-la além de seus limites. Assista aqui.
Tags: médico ameaça como agir

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