Como explicar o câncer às crianças
A Luta

Como explicar o câncer às crianças

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28/12/2016 17:58

Sweet girl looking at doctor while lying in bed in hospital
Foto: Freepik
Apesar de todos os desenvolvimentos tecnológicos e científicos, o câncer ainda é uma doença associada ao sofrimento. Por isso, o diagnóstico é um dos mais difíceis de ser informado.  E quando essa notícia precisa ser passada para uma criança, o desafio se torna ainda mais complexo para os médicos. Nesses casos, é essencial falar de uma forma clara, sincera, sem esconder nada sobre as consequências e o tratamento para evitar que os pequenos fiquem inseguros. O primeiro passo é que o médico tome cuidado com a maneira de comunicar o diagnóstico, entretanto, essa linguagem deve ser adotada de acordo com a idade de cada paciente. “Quando as crianças são pequenas elas ainda não possuem grande entendimento, então o médico deve informar de uma maneira bem infantil. Quando o paciente já tem idade escolar, uns sete anos, por exemplo, o médico precisa ser bem claro sobre a doença, já utilizando a palavra câncer”, explica a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Tereza Cristina Fonseca. Tereza também salienta que é importante não esconder absolutamente nada sobre a doença, consequências e tratamentos, pois passar todas as informações deixa o paciente mais confiante. “Se escondermos algo, eles tendem a ficar com medo, pois não sabem o que está acontecendo, com o que estão lidando”. Outro desafio é contar para os pais. Como o diagnóstico de câncer gera  desespero, muitas vezes eles são informados antes. “Normalmente, conversamos com os familiares de pacientes em idade escolar separadamente, pois sabemos que a notícia pode desestabilizá-los, deixá-los tristes e em pânico, sentimento que não pode passar para a criança. No caso dos adolescentes, o melhor é informá-los junto dos pais, para que não pensem que os médicos estão escondendo algo”, esclarece Tereza. Por conta de dúvidas de alguns pais, em muitos hospitais, uma cartilha explicativa, com linguagem infantil sobre o câncer e o tratamento, é distribuída.  Tereza ainda orienta que, durante as consultas, pacientes e familiares sempre devem perguntar tudo o que não entenderam sobre a doença, para facilitar a relação pós-hospital.
Tags: Oncologia

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